De todas as coisas que parecem causar mais tristezas ao ser humano, uma chama atenção porque, justamente, parece ter sido criada na forma exata da felicidade: o amor. As lágrimas escorrem porque ele não chega, já foi, não quis ser, desiludiu, acabou. Será mesmo? Talvez, ele simplesmente não era. Não foi. Mas pode ser.
Parece que, muitas vezes, o sentimento fica ali guardadinho, prestes a afirmar ao mundo a que veio. Mas e quando se cala? Não deixa de ser amor. O "eu te amo" pode estar bem longe do coração a quem diz amar. Um sorriso amarelo, um olhar cheio de ternura, um bom dia acentuado, aquele doce repartido, que era o doce mais gostoso do mundo. A interpretação deve ser leve, singela e calma.
Quando o choro vem, é hora de olhar pra dentro. Bem lá no fundo. Nem sempre é confortável afirmar para si mesmo que não, não era amor. Aquilo que você sentia, aquilo que o outro sentia - e entenda por outro, qualquer pessoa envolvida em qualquer tipo de relacionamento.
Quando a gente ama, quer ver feliz. Pouco importa se a pessoa está ao nosso lado ou não. Este sentimento brinca com os gostos e com as palavras: ele é capaz de se comunicar mesmo que em línguas diferentes, em gostos diversos. Tudo o que a gente mais quer, quando ama, é ter a certeza que alguém está se cuidando, buscando o que almeja, alcançando suas porções de risadas.
Qualquer coração é capaz de receber amor. E também de doar. Sem impor condições. Sem cobrar reciprocidade. Nós somos os únicos responsáveis por aquilo que cultivamos dentro de nós e não podemos cobrar isso dos outros. Podemos, sim, tentar mostrar o quanto amar faz bem. Mesmo que o amor não seja remetido para nós mesmos.
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