Quando eu era menina, lembro de gostar muito de estudar. Não era pelo simples fato de pensar em ser alguém futuramente. Era o gosto pelo desconhecido, a vontade de saber algo que, até então, parecia distante de mim. Nas histórias de mil homens, cada qual um segredo. Na minha, o início de um conhecimento específico e a reconstrução de ideias.
Mas têm coisas que as letras não compreendem e os professores (embora também existam no meio acadêmico) nem sempre são diplomados. São aquelas coisas que querem ser despertas, mas a gente não deixa... algo como f-e-l-i-c-i-d-a-d-e.
Já arrumaram um jeito de ensinar o que fazer com todo o conhecimento adquirido. O saber, então, possui uma funcionalidade. E aquilo mais que útil que a gente não sabe onde aplicar e talvez nem onde achar? Pode ser que uma criança ensine a outra. Uma mulher explique a um homem. Um bebê revele enquanto dorme. E, aos pouquinhos, a gente descobre - e aprende - a ser feliz.
Pode ser que venha assim, num clique, enquanto a chuva cai. Acho até que a gente já nasce sabendo. Mas o mundo quer nos forçar a desaprender. Enquanto não descobrimos o que fazer com aquilo que possuímos, não teremos a fórmula da felicidade. Tudo será vazio. É um engano imaginar que o sonho realizado trará alegria. O que nos torna cada vez mais humanos e mais satisfeitos é saber colocar felicidade onde ela existe, mas principalmente onde não existe.
Bom é saber que a vida está em constante recomeço. E que cada oportunidade deve ser encarada como maior do que ela realmente é: pois, se alcançada, além do que traz em si mesma, a gente coloca a satisfação verdadeira. E isso que dá cor a todas as conquistas.
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