quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

É mais saudável ser feliz

'Ando com profunda preguiça de gente que só se queixa da vida. Sempre acreditei que ser feliz era uma espécie de obrigação. Não, não é fácil (quem diz que sim está mentindo descaradamente). É tarefa que dá trabalho, mas compensa. Ser infeliz é tão, mas tão chato. E deixa a pessoa com a pele sem vida, o olhar sem brilho, o sorriso amarelado que nem foto antiga.
.
Tem gente que encara tudo com uma seriedade absurda. A gente deve rir mais da vida e das desgraças. É claro que às vezes a coisa enrosca, aperta, complica, pesa. Mas tem que saber dar a volta por cima, rir, rir, rir. Rir absurdamente. Rir desajeitadamente. Rir escandalosamente. Inventar um riso e rir pra ele. Inventar um riso e rir dele mesmo. Inventar e rir de si mesmo.
.
Intriga dá ruga. Fofoca dá pé de galinha. Infelicidade deixa o coração capenga. Tem gente que não compreende um momento. E essa falta de compreensão vira inveja. E inveja não é coisa boa pra levar no peito. Eu já senti (quem não sentiu levanta o dedo), mas hoje sei que ser eu é tão bom. E tão louco. Mas eu me entendo comigo - e assim sigo. Me envergonho de poucas coisas. Me orgulho de muitas, principalmente de me aceitar como sou e ainda assim ser feliz. Sem medo nem vergonha. (...)'

Clarissa Corrêa

Nenhum comentário:

Postar um comentário